sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

GUARDO

Guardo a triste solidão
Com amargurada ' sperança
É destino ou ilusão
Dos meus sonhos de criança


Guardo a ternura nos olhos
D' um sentimento perfeito
Tenho amor guardado aos molhos
No coração e no peito


Guardo bem o meu cansaço
Beijo o sol com alegria
Dou à lua o meu abraço
E aqueço a noite fria


E guardo dentro de mim
A tristeza e a saudade
Madrugadas sem ter fim
Da solidão que me invade


Guardo o futuro da vida
Os mistérios do passado
A fantasia é vencida
Nas loucuras do meu fado.


Maria de Lurdes Brás

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