quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

MEU PORTO DE ABRIGO

Acordei, fui à janela
Vi chover o desencanto
Senti a dor do meu pranto
E o vento a chamar por ela


Gemeram os meus sentidos
Naveguei no mar da "sperança
Vejo os sonhos de criança
Que nunca foram vividos


Desta vida que vivi
Da chama que me consome
Mil vezes chamo o teu nome
Dói-me a saudade de ti


Vem murmurar-me aos ouvidos
Com a voz da solidão
Bate forte o coração
Ao ouvir os teus gemidos


Fica meu peito cansado
A cabeça a latejar
Da mágoa que me vem dar
A saudade do passado


Embarco em sonho contigo
Mergulho no mais profundo
No espaço onde me afundo
És o meu porto de abrigo.


Maria de Lurdes Brás