terça-feira, 20 de dezembro de 2011

OBRIGADA Á VIDA

Obrigada, pela vida que eu vivi
Com amor e desespero, loucamente
Obrigada, pelas vezes que caí
Levantei-me, e levei a vida em frente

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Obrigada, p'los amigos que encontrei
E os amores que mudaram minha vida
Obrigada, é a palavra que eu direi
P'ra viver sempre sempre agradecida

/

Obrigada, grito d'alma, minha paixão
Ainda tenho voz p'ra te cantar
Obrigada, fado meu, minha oração
Canto assim, como se fosse rezar

/

Obrigada, meu amor pela paciência
Ao meu filho, para mim tão adorado
Vocês são a razão, desta existência
Desta vida, que eu vivo com agrado
/
Vocês são a razão, desta existência
Obrigada, Santo Deus, muito obrigado.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

NOBRE FADO

O fado veio até nós
E ficou na nossa voz
Como canção tão bizarra
Para não se sentir sozinho
Nem ser penoso o caminho
Deu o seu braço à guitarra

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Caminhando lado a lado 
A guitarra mais o fado
Ambos com igual vontade
E os fadistas aprumados
Vão desfiando os seus fados
Numa angústia de saudade

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Para que o fado aconteça
Em gratidão ou promessa
Numa expressão de alegria
Algo que não se dispensa 
E o nosso fado compensa
A nossa nobre poesia

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Mas a última palavra
Que nesta história se lavra
Seja fado velho ou novo
Como oração de saudade
Com virtude e com verdade
Nobreza, que veio do povo.



Maria de Lurdes Brás


terça-feira, 27 de setembro de 2011

SAUDADES, RECORDAÇÂO

Os braços que me abraçaram
O colo que me embalou
Mãos que meu rosto limparam
E a boca que me beijou


Olhos que me vigiavam
E olhavam, meigamente
Carinhos não me faltavam
Dia a dia, a cada instante


O silêncio dos teus passos
Que não me deixam dormir
Calados os teus abraços
Tua boca, sem sorrir


E recordo com carinhos
Esses conselhos tão sábios
O sabor dos teus beijinhos
Que me davam os teus lábios


Esta estranha sensação
Que recordo e me faz bem
Meu pai, que recordação
Que saudades, minha mãe.



Maria de Lurdes Brás

sábado, 16 de julho de 2011

Concurso Quadras populares 2011

2º Prémio Concurso Quadras Populares Almada 2011

Vivo embrulhada de Sol
Num Sonho de fantasia
Almada é o meu lençol
O meu berço de magia.



Foi muito bom receber este premio, um incentivo para que eu continue a fazer aquilo que gosto....escrever.


sábado, 9 de julho de 2011

MEU GRITO DE LIBERDADE

Eu sou do Fado Menor
Aquele que me consola
Que me desperta o amor
No compasso da viola


Sou do Fado Mouraria
Na minha pele se agarra
Sinto em mim a melodia
Nas cordas d'um Guitarra


E sou do Fado Corrido
Ilusão, que me atormenta
Alvorada sem sentido
Que minha alma acalenta


O Corrido é um lamento
O Mouraria é amor
Desabafo ou sentimento
Fado Menor é maior


É meu destino, meu pranto
Fados de amor e saudade
Óh! meu poema d'encanto
Meu grito, de liberdade.


Maria de Lurdes Brás


terça-feira, 10 de maio de 2011

TARDE FADISTA NO CRAQS

Foi um tarde muito bonita, casa cheia e muitos amigos.
Obrigada ao CRAQS por estas iniciativas, que nos dão momentos de alegria.

O Presidente do CRAQS José Prata, satisfeito
 com o que se passou nesta bonita tarde.

domingo, 8 de maio de 2011

FASES DA LUA

Ando às voltas com a vida
E dou voltas, volta e meia
Às vezes, ando perdida
Só me encontra a Lua Cheia


E no jardim da saudade
Eu vou passando adiante
Sopram brisas, de ansiedade
Quando é, Quarto Minguante


Se eu pedir de mãos postas
Uma esperança se renova
Ai noite que a mim te encostas
Se for noite de Lua Nova


Se o Luar enamorado
Tiver magia diferente
Fica o sonho desvendado
Se fizer, Quarto Crescente


Pelo mundo desprezada
Minha alma, fica nua
Ando assim enfeitiçada
P'las quatro, fases da Lua.


Maria de Lurdes Brás

terça-feira, 12 de abril de 2011

SAUDADES DE UM AMIGO

Nesta vida, que vivemos
Muita gente, conhecemos
Amizades, se repartem
Mas esta vida é madrasta
Nosso tempo, se desgasta
E alguns amigos partem

É triste, vê-los partir
A Primavera a fugir
E o Inverno a chegar
Nada podermos fazer
Para outra sorte ter
Nem o destino mudar

Já partiu, está ausente
Mas para nós, está presente
Não esquecemos sua amizade
Descanse na paz de Deus
Já lhe dissemos adeus
E rezamos de saudade.


Uma homenagem ao nosso amigo Eugénio de Freitas
E a mais alguns amigos que nos deixaram.


Maria de Lurdes Brás


terça-feira, 15 de março de 2011

BONS MOMENTOS TÊM QUE FICAR REGISTADOS

Bons momentos de fado entre amigos.
Uma noite de fado no Montijo.
E no dia seguinte em Carvoeira Torres Vedras
Numa homenagem ao grande Jaime Dias


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

ALMOÇO 1000 EDIÇÕES DISTO É QUE EU GOSTO

Almoço de 1000 edições do programa da Radio Mafra
 ( DISTO É QUE EU GOSTO )

Maria de Lurdes Brás e Joana Veiga
                                                                      Tino Costa /
                                                    Maria Lurdes Bras /Rogerio Batalha
                                                                      Tino Costa
                                                               Tino Costa e Joana Veiga
 
Tino Costa e Maria Lurdes Bras
Maria de Lurdes Brás e João Brás

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

PAIXÃO E CONTRADIÇÃO

Eu agarrei nas palavras
E senti-me num dilema
Como a terra que tu lavras
No papel, lavrei o tema

Em solitária visão
Tracei uma linha recta
Perfeita contradição
Duma rima de poeta

E num impulso sentido
Em forma de sentimento
Vejo o mundo colorido
Por pintores de talento

Neste silêncio evidente
Com genuina verdade
Viverão, eternamente
Turbilhões de saudade

Nesta mensagem sagrada
Escrita com o coração
De mil afectos, saudada
Com sublime, paixão.


Maria de Lurdes Brás

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

AMÁLIA É FADO

Portugal, inteiro viu
E uma Lágrima caiu
Foi tão triste a despedida
Já não vais ao Rio Lavar
E Deus Vai-te Perdoar
Que Estranha Forma de Vida


Na Rua do Capelão
Confesso, foi Maldição
Esse teu Nome de Rua
Malhoa, na sua vez
E esse Fado Português
A quem disseste, Sou Tua


Eras Casa Portuguesa
Lisboa não é Francesa
No mundo inteiro tens fama
Ai Mouraria, Madragoa
Foste, Maria Lisboa
E Madrugada de Alfama


Eu, Queria Cantar-te um Fado
Como, Tudo Isto, é Fado
Foi a Deus que agradeci
A Gaivota, quebrou amarras
Silêncio, trinam guitarras
Disse-te adeus e morri